O porquê do nome
- Gregório Rodrigues
- 9 de mar. de 2016
- 1 min de leitura
Ainda hoje, muito tempo depois da sua morte, em 1919, William Osler permanece entronizado como patrono da medicina moderna. E, desse alto posto, seu espírito vívido continua exortando-nos, médicos em exercício, os sábios conselhos que ele soube, não só falar ao léu, mas encarnar complementamente.

Um deles, que não por acaso dá nome ao site, é digno de especial atenção. Aequanimitas. Foi justamente assim que William Osler, por ocasião de uma palestra, na Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, definiu uma das característica médica mais importantes.
Palavra estranha, ela deriva, do grego, de aequus (“equal; calm; calma'') conjugada à animus (“mind, soul, mente''). Em latim, essa junção traduz, pois, a capacidade de se manter impertubável, não importa o que aconteça.

Longe de denotar a exclusão da emotividade humana, aequanimitas significa a capacidade de, mesmo experiênciando profundamente as emoções, manter um estado de quietude interna que transmita paz. Essa quietude é, como quis dizer Osler, nada mais do que a pura sabedoria em ação, mais profunda que qualquer palavra apressadamente colocada, mais expressiva que qualquer gesto incoveniente, e, por isso, mais precisa em comunicar ao paciente a certeza de que alguém, compreensivo da sua dor, está ao seu lado. PS: Dica: o livro traduzido para o português está disponível na biblioteca Baeta Viana, na FMUFMG
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