Você está no consultório e agora atende Sr. João, que se queixa de dor nas costas. Você logo imagina que será coisa muito fácil de abordar e da início a consulta da forma como sempre fez. Após algumas perguntinhas que lhe vieram na cabeça, você conclui que Sr. João deu apenas mal jeito nas costas e lhe prescreve alguns analgésicos.  

     Para você, essa foi certamente uma simples consulta, rotineira como ela só. Mas será mesmo? Terá você pesquisado todos sinais de alerta vermelho? Soube você realizar as manobras de maior razão de verossimilhança negativa para excluir as causas de ciatalgia? E, sobre o tratamento, terá você utilizado a medicação  com melhor nível de recomendação Grade? 
 

      Ainda que tenha assentido com todas as perguntas, será que dá para confiar sempre na sua memória? E, caso não, você se dispuseria a procurar prontamente qualquer dúvida pontual nas databases de pesquisa?

  
        Agora, imagine só se você tivesse um Mapa Mental à sua mão, estruturado sistematicamente para abordagem sindrômica e condensando uma síntese de evidências no assunto, para servir de sua segunda opinião formativa imediata! 
 

       Pois é justamente essa a proposta do Projeto MAPS, Mapas Mentais para Atenção Primária em Saúde. Porque, por mais simples que seja a situação clínica envolvida, a atuação de qualidade no cenário inespecífico da APS exige, além de grande domínio de habilidades de comunicação, um raciocínio clínico complexo e uma forte base em evidências.